Além do valor, ela levou em conta na escolha do destino o fato de ter uma amiga que mora em Toronto, que é a maior cidade do Canadá. “Lá posso fazer um curso técnico que me garante o direito de trabalhar meio período”, observa a jovem formada há dois anos em administração de empresas.
Uma ilha no Mediterrâneo de colonização britânica também vem despertando o interesse de quem pretende fazer intercâmbio, segundo as agências do setor. O atrativo de Malta, conforme o gerente de negócios da Central do Estudante, Fernando Passos, é o preço bem mais acessível, mesmo sendo o euro a moeda oficial. “O custo de vida lá é barato em relação a outros países na Europa, como a Inglaterra”, observa Passos.
Ele diz que esse destino é mais procurado para cursos de curta duração, de um a dois meses. “Cidades menores, destinos menos conhecidos, no geral, têm preços melhores. As capitais têm custo de vida mais caro, e isso pesa mais para quem pretende ficar mais tempo e só estudar”, diz o gerente.
E foram o preço mais em conta e as belas paisagens que fizeram a turismóloga Mariana Maia trocar um curso de espanhol em Buenos Aires por um de inglês na ilha de Malta. “A diferença foi considerável, quase a metade do preço. Aliás, ultimamente, dólar e euro não estão com a cotação tão distante”, frisa.
Ela conta que outras opções mais vantajosas financeiramente eram Canadá e África do Sul. Entretanto, a possibilidade de se fazer turismo aos finais de semana em países da Europa próximos pesou na hora da escolha.
Na World Study, Malta já é o quinto destino mais procurado, segundo o diretor da empresa em Belo Horizonte, Paulo Silva. “A vantagem é que a ilha está na Europa, mas com custo de vida baixo. É mais uma opção para quem quer estudar inglês”, diz. Na agência, as quatro primeiras colocações são ocupadas, respectivamente, por Canadá, Austrália, Irlanda e Nova Zelândia.
O agente especializado em imigração para a Austrália e diretor da M.Quality, empresa de assessoria em imigração e negócios, MaCson Queiroz, diz que o bom momento da economia tem atraído migrantes para a Austrália, que presenciou queda no Produto Interno Bruto (PIB) pela última vez em 1991. No terceiro trimestre de 2015 frente a igual intervalo do ano anterior, o crescimento da economia foi de 2,5%.
Conciliar estudos e trabalho na Austrália definiu a escolha
A possibilidade de se poder conciliar estudos com trabalho foi um dos motivos que pesou na decisão de Priscila Martins de ir para a Austrália em maio deste ano. “Preciso trabalhar para me manter lá e essa possibilidade me chamou a atenção”, observa.
Ela conta que nunca viajou para fora do país, mas que vontade não faltou. “Estou animada com a viagem. Será uma oportunidade de aprender inglês e ainda conhecer um lugar bonito. Acredito que, se eu voltar para o Brasil, terei mais possibilidades no mercado de trabalho por ter morado fora”, diz. Priscila conta que fez um ano do curso de arquitetura, mas acabou trancando. O pontapé para a decisão de passar uma temporada fora do país veio do incentivo da namorada e de um amigo dela.
Qualidade de vida é mais um atrativo
Além do crescimento da economia, a qualidade de vida é um chamariz para quem deseja migrar para a Austrália, segundo o agente especializado em imigração para o país e diretor da M.Quality, empresa de assessoria em imigração e negócios, MaCson Queiroz. Ele ressalta que Melbourne foi eleita pela unidade de inteligência da “The Economist” como a melhor cidade do mundo para se morar.
E para quem decidir ir, há oportunidades no agronegócio. O consultor imigratório, no mercado há 14 anos, ressalta que a agroindústria ocupa o terceiro lugar na economia do país.
Fonte: O Tempo